May 31, 2024

Artigo | Privacidade em foco: Seu conceito e a Lei Geral de Proteção de Dados

Privacidade em foco: Seu conceito e a Lei Geral de Proteção de Dados

Quem nunca se deparou com uma janela pop-up perguntando se aceita ou não os cookies ao navegar na internet? A maioria das pessoas provavelmente já passou por essa experiência, mas nem todo mundo sabe o que são esses cookies ou como funcionam.

Basicamente, os cookies rastreiam seu comportamento online e, com base nessas informações, mostram anúncios personalizados. Sabendo disso, podemos dizer que os cookies são pequenos arquivos que são colocados no seu computador (depois que você aceita o botão de cookies) por sites que você não está visitando diretamente, mas que depois se manifestam em formas de publicidade de acordo com seus interesses.

Por exemplo, se você visitar um site de compras e visualizar um par de meias, um cookie de terceiros poderá ser colocado no seu computador. Esse cookie rastreará seu comportamento online e, se você visitar outro site que usa o mesmo serviço de publicidade, poderá ver um anúncio para aquele par de meias.

Para deixar ainda mais fácil, podemos pensar assim: você está caminhando no deserto e, conforme avança na sua caminhada, vai deixando pegadas. Ao invés do vento apagar suas marcas, os cookies usam essas pistas para seguir você durante o caminho, analisando seus passos e usando isso para te oferecer água em um momento oportuno de sede.

Em essência, o problema surge quando há ausência de conexão entre os consumidores e os produtos que estão sendo promovidos. Porém, o problema se intensifica ainda mais quando o usuário não tem muita clareza de que está sendo de fato seguido, assim como também a ausência de transparência de como esses dados estão sendo usados e compartilhados.

Dessa forma, com as questões de privacidade ganhando destaque, o uso de cookies de terceiros se torna alvo de críticas, pois muitos usuários se incomodam com a ideia de serem monitorados durante suas atividades online... e com toda razão!

E essa discussão levanta preocupações, especialmente quando os dados dos usuários são coletados sem seu conhecimento ou sem consentimento explícito.

Como resultado, algumas regiões do mundo já iniciaram o processo de proibir ou restringir o uso de cookies de terceiros. Por exemplo, a União Europeia implementou o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR), que estabelece regras mais rígidas para a coleta e o processamento de dados pessoais, incluindo cookies.

Além disso, grandes empresas de tecnologia também estão tomando medidas para eliminar gradualmente o uso de cookies de terceiros em seus navegadores.

Essas mudanças só refletem a crescente conscientização sobre a importância da privacidade, onde a coleta de dados deve sempre ser transparente e responsável.

Mas, afinal, o que é privacidade e qual o seu limite?

O conceito de privacidade evoluiu ao longo dos anos, mas uma definição que ganhou destaque veio de uma edição da revista da Harvard Law School do final do século XIX, em 1980.

Na época, um fotógrafo tirou uma foto de uma festa privada e a publicou em um jornal de alta circulação. Isso causou desconforto entre as pessoas que não foram convidadas para a festa, já que a divulgação da imagem transformou um evento privado em público. E assim nasce o primeiro conceito de privacidade: o direito do indivíduo de retirar algo do mundo público, quando não deseja compartilhar uma informação pessoal ou opta apenas por compartilhá-la com um grupo selecionado pelo próprio autor da informação.

Anos se passaram e com o advento das novas tecnologias a definição de privacidade mudou, agora caminhando lado a lado com a proteção de dados. Hoje ,o usuário tem o direito de escolher com quem compartilhar seus dados pessoais. Dessa forma, a privacidade se torna um direito fundamental garantido por lei, em uma legislação que estabelece normas para a coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais, garantindo aos usuários maior transparência e controle sobre suas informações.

Inclusive, hoje nos deparamos com muitos novos desafios, principalmente com a popularidade da internet e a incerteza sobre os limites das suas barreiras. O que é algo maravilhoso, se não usado com sabedoria e cautela, pode se tornar o oposto! Mas esse conceito de privacidade não é algo novo que surgiu junto com as novas tecnologias. Já na era vitoriana se via fragmentos de privacidade, com a invenção de selos de lacre para proteger o conteúdo das cartas que era um meio comum de comunicação entre as pessoas na época. Esse exemplo mostra que a preocupação com a privacidade não é algo exclusivo da era moderna, mas sim uma questão que vem de séculos atrás, quando as pessoas buscavam maneiras de proteger suas comunicações pessoais e manter suas informações confidenciais.

O historiador Geoffrey Batchen explora essa evolução da privacidade em seu livro"Each Wild Idea: Writing, Photography, History", onde ele discute como o surgimento da fotografia influenciou a percepção e a importância da privacidade nas sociedades modernas.

Em colaboração com o advogado e especialista em cibersegurança Lucas Paglia, que teve grande influência na concepção desse artigo nos fornecendo informações seguras e relevantes, ele nos destaca que a Lei Geral de Proteção de Dados é uma ferramenta essencial para garantir a privacidade, reforçando a importância de respeitar os direitos individuais na era digital. E essa lei também impõe responsabilidades às empresas, exigindo que obtenham consentimento claro e explícito dos usuários antes de coletar seus dados. Dessa forma, a lei visa fomentar um ambiente mais transparente e responsável para os negócios, garantindo que a segmentação seja realizada dessa maneira, tendo como primazia o direito à privacidade de cada um.

Para finalizar, a privacidade é um valor fundamental e uma garantia básica para todos os indivíduos. Assim como o conceito de privacidade se originou na ideia de manter certos aspectos da vida longe do olhar público, hoje, na era digital, essa necessidade é mais relevante do que nunca.

Ela preserva a autonomia e a dignidade humana em um mundo cada vez mais conectado, onde nossa identidade, liberdade e segurança têm um valor cada vez maior.

E o que a Basemaker faz sobre isso?

Na Basemaker, acreditamos que o respeito pela privacidade não apenas cumpre as normas legais, mas também constrói confiança e promove relacionamentos sólidos com nossos usuários.

Aqui, trabalhamos sem romper a barreira de privacidade dos nossos usuários. Destacamos ainda que os anunciantes jamais terão acesso a dados pessoais ou quaisquer outras informações de seguidores das redes sociais dos Creators, nem a Basemaker possui esse acesso.

Não há compartilhamento de dados pessoais entre os creators e os anunciantes; esses dados são completamente anonimizados!

Nossa preocupação é oferecer soluções inovadoras que se alinhem aos valores de nossos usuários, levando em consideração a importância da publicidade e segmentação para fomentar novos negócios e fortalecer os já consolidados.

Por isso, utilizamos o First-Party Data como parte central de nossa estratégia, e para isso, nada de perseguição! Mas como funciona na prática?

First-Party Data é quando a informação vem direto da fonte (no nosso caso, dos criadores de conteúdo). A Basemaker, em essência, auxilia criadores de conteúdo a monetizarem de novas formas, como com o aluguel da sua audiência. Assim, conectamos esses criadores de conteúdo com empresas que buscam anunciar seus produtos para a audiência desses influenciadores.

Um dos exemplos é quando um creator aluga temporariamente o seu público para a empresa direcionar seus anúncios para essa audiência qualificada. Mas você deve estar pensando, isso também não é invasão de privacidade?

Importante dizer que, ao contrário dos Cookies, o First-Party Data não rastreia o comportamento online! Com isso, não possuímos informações sobre sua atividade digital. Nossa abordagem para segmentação de anúncios digitais é distinta, pois não envolve a coleta de dados de forma intrusiva. Utilizamos apenas o consentimento dos criadores para utilizar sua base de seguidores na segmentação de campanhas, sem compartilhar os perfis ou comportamentos desses usuários.

Quando o aluguel de audiência é realizado, ele é feito de maneira criptografada. Isso significa que o público é recebido e compartilhado pela Basemaker como se fosse uma caixa fechada que não pode ser aberta. Ao não ser aberta, não temos nem o conhecimento de quem são de fato todos esses usuários. Apenas o Creator tem acesso ao perfil de todas as pessoas que o seguem, e isso jamais será solicitado pela Basemaker.

Sendo assim, o First-Party data nos permite criar conjuntos de públicos temporários, compostos por seguidores de influenciadores que estão predispostos a serem influenciados por publicidades. Tudo isso sem rastrear usuários, apenas garantindo o necessário para a segmentação de anúncios seguir prosperando de forma ética.

Buscamos assim contribuir com a sustentabilidade econômica das empresas e promover a autonomia dos criadores de conteúdo. Essa prática é uma nova forma de monetização, especialmente relevante para criadores que oferecem conteúdo gratuitamente, e recebem novas oportunidades de crescer profissionalmente. Portanto, ao refletir sobre a privacidade, é essencial considerar como podemos equilibrar a inovação tecnológica e a proteção dos dados pessoais.

Devemos manter práticas éticas de segmentação online que beneficiem as marcas em seu crescimento financeiro, assim como também auxiliem os usuários na descoberta de produtos relevantes e proporcionem aos criadores mais oportunidades no mercado. A busca por essa harmonia é uma responsabilidade compartilhada por todos, usuários e empresas, visando construir um futuro digital mais seguro e respeitoso.

Nosso objetivo é, e sempre foi, criar novos caminhos no universo digital, e em consequência, na Creator Economy. Sabemos que esses caminhos, e esse novo mundo, andam lado a lado com o direito das pessoas em terem sua privacidade protegida ao mesmo tempo que a economia segue prosperando no cenário de infinitas possibilidades do digital!

A Basemaker foi criada para anunciantes atingirem seus objetivos de marketing com precisão cirúrgica. Seja bem-vindo ao mundo first-party data na publicidade!
2023 basemaker © all rights reserved
BASEMAKER SOLUCOES DE PERFORMANCE DIGITAL LTDA | 49.001.164/0001-22