Desde a sua estreia nos anos 2000, até suas edições mais recentes, o Big Brother Brasil (BBB) se tornou muito mais do que um Reality Show.

O programa se consolidou como uma das maiores vitrines de novos influenciadores no país, alimentando a Creator Economy de maneira massiva e transformando a forma como marcas e públicos interagem e co-criam.

O BBB é uma plataforma de visibilidade única. Durante os 100 dias em que o programa vai ao ar, os participantes ganham uma exposição contínua para milhões de telespectadores e seguidores online. Essa atenção faz com que marcas identifiquem os participantes como uma oportunidade de ouro para campanhas de influência.

Em 2023, por exemplo, a audiência média do programa alcançou mais de 22 milhões de telespectadores por episódio, de acordo com dados da Kantar IBOPE Media. Além disso, no mesmo ano, o programa gerou mais de 5 bilhões de interações nas redes sociais, consolidando-se como o reality mais comentado do mundo no Twitter.

É uma transformação quase instantânea. A campeã de BBB 2021, Juliette Freire, é o exemplo perfeito dessa dinâmica. Ela entrou no programa com 4 mil seguidores no Instagram e saiu com mais de 24 milhões, tornando-se uma das principais influenciadoras do país. E como falar de influência e não citar o marketing gigantesco da Manu Gavassi?

A participante do BBB 20 deixou sua marca e influenciou dezenas de participantes a replicarem a mesma estratégia de marketing. Antes de entrar na casa, Manu deixou programadas dezenas de postagens no Instagram e no Twitter, que incluíam vídeos curtos e humorísticos com falas como "Se você está vendo isso, eu estou em rede nacional chorando." Sua abordagem única não apenas cativou o público, mas também redefiniu como os participantes poderiam usar o digital a seu favor. De lá pra cá, muitos participantes passaram a usam a mesma estratégia nas suas redes sociais, programando conteúdos criativos e alinhados com suas personalidades.

Outro fator que destaca o impacto do BBB é como ele redefiniu as estratégias de marketing de influência para marcas também. Geralmente, antes mesmo de o programa terminar, as marcas já disputam os participantes mais populares para fechar contratos. Isso acelera a integração entre o entretenimento e o mercado publicitário, com campanhas que exploram a espontaneidade e o carisma exibidos no reality.

Um exemplo claro disso foi o episódio de Naiara Azevedo, quando a cantora, em um momento descontraído, falou errado o nome do famoso amaciante Downy, pronunciando “Dôni”. Essa gafe, que gerou muitos memes e divulgação nas redes sociais, foi rapidamente aproveitada pela marca como uma oportunidade de humor e engajamento.

Além disso, o BBB abriu caminho para uma abordagem mais colaborativa entre marcas e influenciadores. Em 2022, cerca de 50% das campanhas com ex-BBBs foram cocriadas, permitindo que os influenciadores trouxessem suas transformações e estilo próprio para as ações. Isso ajuda a construir uma conexão mais verdadeira entre marca, criador e audiência.

Para os participantes, a exposição também vem com um desafio: construir uma marca pessoal enquanto lidam com a pressão da fama instantânea. Aqueles que conseguem transformar sua história em um case de sucesso no digital são os que mais se destacam na creator economy. Por outro lado, participantes que falham em se conectar de forma genuína ou que cometem deslizes em suas ações pós-programa podem ver seu potencial dissipado rapidamente.

Para os creators, o programa é um tesouro de entretenimento e potencial viral. Os momentos icônicos do programa frequentemente se tornam memes, tendências e inspirações para conteúdos criativos. Desde falas marcantes até dinâmicas emocionantes, o reality fornece material valioso para engajar audiências e gerar discussões nas redes sociais.

Enquanto alguns brilham dentro da casa, outros transformam o programa em material de criação de conteúdo, como Lucas Vivot (@lucasvivot) e Chico Barney (@chicobarney), que utilizam suas redes sociais para cobrir o BBB de forma humoristica e critica.

Em resumo, o Big Brother Brasil é mais do que um reality show. Seja lançando novos influenciadores, reinventando estratégias de marketing ou promovendo entretenimento, o programa atua como um motor de inovação na Creator Economy.

Por isso, é importante saber aproveitar esses momentos. Fica a dica! : )